Aprendizagem da língua espanhola por universitários brasileiros em imersão na Argentina: do sociointeracionismo ocasional ao sociointeracionismo parcial
DOI:
https://doi.org/10.55777/rea.v18i35.6674Palavras-chave:
sociointeraccionismo, continuum de aprendiaje, español LE/L2, estudiantes brasileños, aprendizaje de inmersiónResumo
O acesso limitado às universidades públicas no Brasil e os altos custos cobrados pelas universidades privadas neste país têm sido a razão pela qual muitos brasileiros optam por estudar medicina na Argentina. O acesso irrestrito e gratuito a um ensino superior de qualidade tem sido um fator determinante para que esses estudantes escolham a Argentina para seguir essa carreira. Este artigo apresenta parte dos resultados de uma pesquisa de doutorado que teve como foco a aprendizagem do espanhol, a partir de uma perspetiva sociointeracionista, por graduandos brasileiros do curso de Medicina da Universidade Nacional de Rosário, Argentina, durante os dois primeiros anos de estudos e durante a imersão no país. Os resultados revelaram duas variantes de aprendizagem sociointeracionista num continuum: “sociointeracionismo ocasional” e “sociointeracionismo parcial”. A passagem de uma variante para a outra estaria relacionada ao efeito da saudade do Brasil e, principalmente, às relações interpessoais desses estudantes na Argentina, o que dependeria também de sua predisposição para manter interações com a comunidade hispanofalante e de sua consciência da relevância disso para sua aprendizagem da língua-alvo.
Downloads
Referências
Angelucci, T. C. (2020). Migração e políticas linguísticas universitárias: estudantes brasileiros em Rosario (Argentina). In: Estupiñán, M. C. Glotopolítica latinoamericana: Tendencias y perspectivas. Pereira: Universidad Tecnológica de Pereira.
Angelucci, T. C.; Pozzo, M. I. (2020). Estudiantes brasileños en la Facultad de Ciencias Médicas de Rosario (Argentina): implicancias interlingüísticas. Trabalhos em Linguística Aplicada, 59(1), Campinas: Universidade Estadual de Campinas. https://doi.org/10.1590/010318135095515912020
Araujo Portugal, J. C. (2017). Actividades abiertas con vacío de información y juegos de roles en la enseñanza de la expresión oral en lengua extranjera. Íkala Revista de Lenguaje y Cultura. 22(3). Medellín. http://www.scielo.org.co/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0123-34322017000300404
Bajtín, M. (1999). Estética de la creación verbal. México: Siglo XXI.
Bakhtin, M.; Volochinov, V. (2006, [1929]). Marxismo e filosofía da linguagem: problemas fundamentais do método sociológico na ciência da linguagem. 12 ed. São Paulo: Hucitec.
Bialystok, E. (1978). A Theoretical model of second language learning. Language Learning, 28(1). Traducido en: Liceras, J. M., (1992). La adquisición de lenguas extranjeras: hacia un modelo de análisis de la interlengua. Madrid: Visor, 177-192.
Bronckart, J. P. (2004). Actividad verbal, textos y discursos. Por un Interaccionismo socio-discursivo. Madrid: Fundación Infancia y Aprendizaje.
Bruner, J. S. (1987). La importancia de la educación. Barcelona: Paidós Ibérica.
Bruner, J. S. (1990). Acts of meaning. Cambridge, MA. Harvard University Press.
Bruner, J. S. (2006) Prácticas educativas: entre lo individual y lo sociocultural. Breve ensayo sobre los conocimientos psicológicos en la enseñanza. En: Itinera rios Educativos la revista del INDI. 1(1), 89-102.
Consejo de Europa (2002). Marco común europeo de referencia para las lenguas:
aprendizaje, enseñanza, evaluación. Ministerio de Educación de España / Instituto
Cervantes. https://cvc.cervantes.es/ensenanza/biblioteca_ele/marco/cvc_mer.pdf
Corrêa, M. C.; Melo, K. R.; Gatto, V. B. (2016). Aspectos basilares do interacionismo sociodiscursivo: conceitos vygotskyanos revisitados. Linguagens e Cidadania, 14(1), UFSM. https://periodicos.ufsm.br/LeC/article/view/p1/14034
Creswell, J. W. (2014). Investigação qualitativa e projeto de pesquisa: escolhendo entre cinco abordagens. Traducido por Mallman, S. Porto Alegre: Artmed.
Cruz Cabrera, F.; Lorenzo Fernández, Y.; Hernández Pina, Á. J. (2019). La obra de Vigotsky como sustento teórico del proceso de formación del profesional de la educación primaria. Revista Conrado, 15(70), 67-73. https://conrado.ucf.edu.cu/index.php/conrado/article/view/1106
Fiorin, J. L. (2008). Introdução ao pensamento de Bakhtin. São Paulo: Ática.
Flores, V. N.; Teixeira, M. (2012). Introdução à linguística da enunciação. Contexto.
Freitas, J. A. X. (2021). Brasileiros estudando medicina na Argentina: análise do fenômeno a partir da última década. Trabalho de conclusão de curso. Universidade Federal do ABC.
Hernández-Sampieri, R.; Fernández Collado, C.; Baptista Lucio, P. (2014). Metodología de la investigación (6. ed.). McGraw-Hill.
Lantolf, J. P. (2000). Sociocultural Theory and Second Language Learning. Oxford University Press.
Lantolf, J. P. (2006). Sociocultural theory and L2. State of the Art. Studies in Second Language Acquisition, (28), 67-109.
Lantolf, J. P. (2011). The Sociocultural Approach to Second Language Acquisition: Sociocultural theory, second language acquisition, and artificial L2 development. En: D. Atkinson. Alternative Approaches to Second Language Acquisition (pp. 24-47). Routledge.
Lantolf, J. P.; S. Thorne (2006). Sociocultural Theory and the Genesis of Second Language Development. Oxford University Press.
Lantolf, J. P.; Throne, S.L.; y Poehner, M. E. (2015). Sociocultural theory and second language development. En: VanPatten, B. y Williams, J. (eds.) Theories in second language acquisition. New York: Routledge, 207-226.
Lopes, K. B. (2015). Psicologia da Aprendizagem. Rede e-Tec Brasil/UFMT. Goiás: CEPA.
Machado, A. R. (2009). Colaboração e crítica: possíveis ações do linguista na atividade educacional. En: Tardelli, L. S. A; Cristóvão, V. L. L. (Eds.). Linguagem e educação: o ensino e a aprendizagem de gêneros textuais. Mercado das Letras.
Madrigal Gil, A. de J. (2022). Estrategias y aprendizaje autónomo. Revista De Estilos De Aprendizaje, 15(Especial), 149-157. https://doi.org/10.55777/rea.v15iEspecial.4594
Magallanes Palomino, Y. V.; Vega, J. A. D; Elias, W. H. G.; Espinoza, H. E. M. (2021). El lenguaje en el contexto socio cultural, desde la perspectiva de Lev Vygotsky. Revista Arbitrada del Centro de Investigación y Estudios Gerenciales - CIEG, (51), 25-35. Venezuela. https://revista.grupocieg.org/wp-content/uploads/2021/11/Ed.5125-35-Magallanes-Veronica-et-al.pdf
Mampaso Desbrow, J.; Carrascal Domínguez, S. (2020). El espacio como elemento facilitador del aprendizaje y de atención a la diversidad. Revista De Estilos De Aprendizaje, 13(25), 1-3. https://doi.org/10.55777/rea.v13i25.2092
Martins, V. L. (2015). O lúdico no processo ensino-aprendizagem da língua inglesa. Revista Científica Introciência. Faculdade do Guarujá (FAGU), Guarujá, São Paulo.
Matthey, M.; De Pietro, J. F. (1997): La société plurilingue: utopie souhaitable ou domination acceptée? En: Boyer, H. (ed.), Plurilinguisme: "contact" ou "conflit" de langues?, 133-190, Paris: L'Harmattan.
McLaughlin, B. (1978). The monitor model: some methodological considerations. Language Learning, 28(1). Traducido en: Liceras, J. M., (1992). La adquisición de lenguas extranjeras: hacia un modelo de análisis de la interlengua (pp. 153-176). Visor.
Ministerio de Educación de Argentina (2022). Estadísticas Universitarias. Departamento de Información Universitaria. https://www.argentina.gob.ar/educacion/universidades/informacion
Oliveira, A. P. S.; Antonello, I. T. (2019). A migração de brasileiros para estudar medicina na Argentina: O caso da Universidade Nacional de Rosário (UNR). XIII Encontro Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Geografia (ENANPEGE) – A Geografia brasileira na Ciência-Mundo: produção, circulação e apropriação do conhecimento. São Paulo.
Oliveira, A. P. S.; Antonello, I. T. (2022). Considerações acerca do papel das políticas educacionais de acesso ao ensino superior na migração internacional de brasileiros. Revista Geografia Ensino e Pesquisa. Santa Maria, RS: Universidade Federal de Santa Maria, 6(3). https://doi.org/10.5902/22364994653273
Pereira, I.; Arbelaiz, A. M. (2015). Socialización lingüística de alumnos de ELE en la cultura meta. Revista Digital de Lingüística Aplicada E-AESLA, 1. Asociación Española de Lingüística Aplicada e Instituto Cervantes. https://cvc.cervantes.es/lengua/eaesla/pdf/01/05.pdf
Porquier, R. (1984): Communication exolingue et apprentissage des langues. En: B. Py (ed.), Acquisition d'une langue étrangère III, Neuchâtel: Université de Neuchâtel.
Rodrigues, M. A. N. (2011). As (Re)configurações sobre o trabalho docente em relatórios de estágio. Tesis doctoral. João Pessoa, Paraíba: UFPB. https://repositorio.ufpb.br/jspui/handle/tede/6341?locale=pt_BR
Selinker, L. (1972). Interlanguage. International Review of Applied Linguistics, 10(3), 209-231. Traducido en: Liceras, J. M. (1992). La adquisición de lenguas extranjeras: hacia un modelo de análisis de la interlengua. Visor.
Sisto, V. (2015). Bajtín y lo Social: del Discurso a la Actividad Dialógica Heteroglósica. Athenea digital, 15(1), 3-29. https://raco.cat/index.php/Athenea/article/view/292073
Spinassé, K. P. (2006). Os conceitos Língua Materna, Segunda Língua e Língua Estrangeira e os falantes de línguas alóctones minoritárias no Sul do Brasil. Revista Contingentia, 1, 1-10. https://www.seer.ufrgs.br/index.php/contingentia/article/view/3837/2144
Tarone, E. (1983). On the variability of interlanguage systems. En: Applied Linguistics, (4), 143-163. La adquisición de lenguas extranjeras: hacia un modelo de análisis de la interlengua. Visor.
Trujillo, C. A.; Naranjo Toro, M. E.; Lomas Tapia, K. R.; Merlo Rosas, M. R. (2019). Investigación cualitativa: epistemología, métodos cualitativos, ejemplos prácticos, entrevistas en profundidad. Ecuador: Universidad Técnica del Norte (UTN).
Universidad Nacional de Rosario. (2022). Facultad de Ciencia Médicas. Estudiantes-Ingresantes, 2022. https://fcm.unr.edu.ar/ingresantes/
Vygotsky, L. S. (1979). El desarrollo de los procesos psicológicos superiores. Barcelona: Crítica.
Vygotsky, L. S. (1981). Pensamiento y Lenguaje. Buenos Aires: La Pléyade.
Wertsch, J. V. (1993). Voces de la mente. Un enfoque socio-cultural para el estudio de la acción mediada. Madrid: Visor.
Wertsch, J. V. (1999) La mente en acción. Aique.

Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Secção
Licença
Ao submeter o original, o(s) autor(es) declara(m) ter conhecimento e aceitar, na íntegra, a política de privacidade, bem como os direitos de autor da Revista Estilos de Aprendizagem.
A Revista Estilos de Aprendizaje oferece acesso livre e gratuito ao seu conteúdo, a fim de levar a investigação científica aos seus leitores e à sociedade em geral. Todo o conteúdo digital é de acesso livre e gratuito e é publicado sob uma licença Creative Commons:
A cessão de direitos é feita sob a licença Creative Commons Reconocimiento-NoComercial-SinObraDerivada 4.0 Internacional (CC-BY-NC-ND 4.0)
The Learning Styles Magazine é uma revista de acesso aberto. A publicação de artigos ou resenhas na Revista não lhe dá direito a qualquer remuneração. Da mesma forma, tanto para os autores como para os leitores, a revista é gratuita Creative Commons Reconocimiento-NoComercial-SinObraDerivada 4.0 Internacional (CC-BY-NC-ND 4.0).
Com Esta licença permite a reprodução e divulgação do conteúdo da revista para transmissão educativa, social e de conhecimento, sem fins lucrativos e desde que não sejam modificados, citando a origem e a autoria. A licença concedida à Revista Estilos de Aprendizaje permite a cópia e distribuição do conteúdo da revista, desde que a autoria da obra seja reconhecida, especificando correctamente o autor e a entidade editora. A obra não pode ser utilizada para fins comerciais, nem pode ser alterada, transformada ou gerada a partir desta obra. A publicação de artigos ou resenhas na Revista não dá direito a qualquer remuneração.
A Revista Estilos de Aprendizagem convida o autor/autores a aumentar a visibilidade e o âmbito dos seus artigos publicados através da sua redifusão em:
- Espaços Web e redes pessoais, bem como em reuniões e fóruns científicos
- Arquivos institucionais abertos em Universidades, repositórios educacionais e Centros de Investigação
- Redes académicas e científicas (Researchgate, Academia.edu, Plubons, etc.)
Todos estes espaços e publicações devem incluir todos os dados bibliográficos da publicação.