O que as/os docentes universitárias/os dizem-sentem-refletem sobre avaliação online para aprendizagem no Ensino Superior

Autores

  • Mariano Pimentel Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, UNIRIO, Brasil
  • Felipe Carvalho Universidade Estácio de Sá – UNESA (Brasil) https://orcid.org/0000-0001-7398-6171

DOI:

https://doi.org/10.55777/rea.v16i32.4545

Palavras-chave:

exame, avaliação para aprendizagem, práticas avaliativas, formação docente, ensino superior

Resumo

Neste artigo, problematizamos a noção de exame e discutimos a noção de avaliação para aprendizagem. Apresentamos alguns equívocos relacionados à avaliação e alguns princípios que direcionam nossas práticas avaliativas. Nos questionamos se tais princípios auxiliam outras/os docentes universitárias/os a pensar-projetar a avaliação para aprendizagem em seus próprios cotidianos no ensino superior. Nossos movimentos epistêmico-metodológicos fundamentam-se na “epistemologia das práticas docentes” e do “pesquisar-com a experiência” para compreender o que as/os docentes dizem-sentem-refletem sobre os princípios da avaliação online para aprendizagem. Para alcançar esse objetivo de pesquisa, ofertamos um curso remoto para professoras/es de uma universidade pública em que foram efetivados tais princípios visando a possibilitar que todas/os as/os cursistas tivessem uma experiência compartilhada a partir da qual teceriam narrativas sobre avaliação levando em consideração também as experiências avaliativas pregressas e as próprias práticas de avaliação. Da análise das narrativas docentes, que são os dados da presente pesquisa, emergiram três noções/achados: vivenciar um processo de avaliação formativa potencializa mudanças na prática avaliativa; avaliação colaborativa e a autoavaliação são potentes, mas requer superar desafios; e avaliar formativamente não depende apenas da/o docente, mas envolve também alguns fatores condicionantes.

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Biografias Autor

Mariano Pimentel, Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, UNIRIO, Brasil

Doutor em Informática e Professor na UNIRIO (Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro). Atua na Pós-Graduação em Informática e no Bacharelado em Sistemas de Informação; lecionou por 10 anos no curso de Licenciatura em Pedagogia a Distância da UNIRIO/CEDERJ/UAB. Tem extensa produção acadêmica, destacando-se a organização do livro "Sistemas Colaborativos" (2011), que ganhou o Prêmio Jabuti. É coordenador do grupo de pesquisa ComunicaTEC, que desenvolvimento e pesquisa o uso de tecnologias de comunicação mediada por computador. É colaborador do GPDOC - Grupo de Pesquisa Docência e Cibercultura (UFRRJ) e do CIBERDEM - Grupo de Pesquisa e Inovação em Ciberdemocracia (MACKENZIE). Realiza pesquisas na área de Sistemas de Informação, Informática na Educação, Educação e Cibercultura. Possui h-index = 25 (http://scholar.google.com/citations?user=_UDWLSwAAAAJ).

Felipe Carvalho, Universidade Estácio de Sá – UNESA (Brasil)

Doutor e mestre pelo Programa de Pós-graduação em Educação (ProPEd/Uerj/Capes7), especialista em Educação com aplicação da Informática pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e graduado em Pedagogia pelo Centro Universitário da Cidade do Rio de Janeiro. De 2019 a 2020, foi bolsista de doutorado-sanduíche FAPERJ pela Universidad Complutense de Madrid/Espanha (UCM), e bolsista de doutorado Nota 10 Faperj. Realiza pesquisas em educação online, formação de professores, informática na educação, didática, diferença, cibercultura. Está membro do Grupo de Estudos em Gênero e Sexualidade (Geni/ProPEd/Uerj) e do Grupo de Pesquisa Docência e Cibercultura (GPDOC/PPGEduc/UFRRJ). Atuou como professor-online da disciplina de Informática na Educação do curso de Pedagogia a distância UERJ/CEDERJ/UAB.

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PORTADA_Volumen 16, Número 32_49-61

Publicado

2023-11-28

Como Citar

Pimentel, M., & Carvalho, F. (2023). O que as/os docentes universitárias/os dizem-sentem-refletem sobre avaliação online para aprendizagem no Ensino Superior. Revista De Estilos De Aprendizagem, 16(32), 49–61. https://doi.org/10.55777/rea.v16i32.4545

Edição

Secção

ARTÍCULOS DE INVESTIGACIÓN CIENTÍFICA TEMÁTICA (Vol. 16, Núm. 32)